agosto 01, 2009

Fausto - 1926

Bom em primeiro lugar quero deixar claro que sou contra a pirataria de Cd´s e Dvd´s mas também sou contra os preços abusivos cobrados por certas lojas.

Existem filmes que são de domínio público portanto deviam custar mais barato. Acredito que uma cópia feita para uso próprio e não para a venda, não acarrete nenhum problema para a distribuidora. Isso também vale para os arquivos baixados da internet, sejam sinceros, não se acha certas obras em qualquer locadora.


É o caso de "Fausto" de F.W. Murnau. Com sua estréia em 1926 "Faust" consolidou a carreira do diretor Friedrich Wilhelm Murnau, que já havia concebido as obras primas do expressionismo alemão "Nosferatu" (1922) e "A Última Gargalhada" Der Letzte Mann (1924).

Ao contrário dos críticos a minha opinião é que Fausto é a grande "obra" de Murnau , com uma narrativa complexa a história do amargurado Dr. Fausto, retirada do romance de Goethe, é transposta com maestria para a tela, não se trata de uma transposição literal da obra, pois o romance de Goethe que por sua vez é inspirado numa lenda alemã, foi feito e duas partes, uma é a que a maioria conhece, (O mago cientista que faz um pacto com o demônio.) e a última e que fecha o ciclo com a redenção do personagem principal, foi publicada apenas após a morte do autor em 1832, mas mesmo que não fosse fiel ao livro "Fausto" é uma película indispensável para os amantes do cinema.

A história começa com uma aposta entre Mephistófeles (Emil Janings) e um anjo pela alma de Fausto. O Demônio propõe que a terra seja dada a ele caso consiga corromper a bondosa figura do Dr. Caso perca a aposta o demo tem que deixar a terra com o rabo entre as pernas.


Usando de vários artíficios malignos, Mephisto consegue que o Dr. assine o contrato renegando a Deus alcançando assim o seu propósito. A cena em que o contrato surge nas mãos do Demônio é espetacular, assim como a cena em que o demônio aparece pela primeira vez. (espetacular é claro para a época, mas mesmo assim tem um grande impacto.)


Fausto então segue a sua jornada ao lado de Mephistófeles, gozando dos prazeres da vida, Poder, Dinheiro e ostentação. O bom Dr. não resiste as tentações e se deixa levar pela lábia do Demônio.

É interessante como esta é a única adaptação famosa da da obra de Goethe, em 1994 o Tcheko Jan Svankmajer filmou sua versão do clássico (que não fez muito sucesso, analizaremos a mesma num futuro próximo) e houveram outros como a versão "Wolverine" de Brian Yuzna, (que também analisaremos em breve) mas na minha opinião creio que até hoje não tenha surgido um diretor com a sutileza de Murnau para fazer uma versão fiel, até porque a história não é exatamente o que pode se chamar de "politicamente correta" e hollywood com certeza tem suas limitações.

Alguns podem achar que a nossa coluna deu uma "elitizada" mas se pararmos para pensar "cinema trash" nada mais é do que produções de baixo orçamento, que divertem e apesar da tosqueira trazem histórias interessantes, a meu ver o Fausto de Murnau segue esses requisitos e ainda inova, mesmo com a falta de recursos da época.


Para aqueles que não conhecem a lenda de Fausto esta é provavelmente a sua adptação mais difundida.




A respeito do primeiro paragráfo. É claro que eu possuo uma cópia deste filme, mas não dou e não vendo, posso pensar em emprestar.

Por hoje é só.

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