setembro 16, 2008

Conto Rebelião 58: Desequilíbrio


O som do fósforo sendo riscado foi seguido pelo despontar de uma chama amarelada, débil demais para permanecer acesa. A segunda tentativa foi mais eficiente, e o clarão foi forte o bastante para verificar como eram as marcas no portão de madeira.

Após observar aquilo com muito cuidado, a japonesa de estatura baixa e pernas grossas aproveitou a mesma chama para acender um cigarro. Seus cabelos estavam tingidos de um cor-de-rosa pastel, um traço peculiar que dera origem ao apelido pelo qual ficara conhecida, ou seja, “Algodão-Doce”. Tizuko Yamamura, nascida em 1945, aparentava ter pouco mais de 20 anos de idade, e vestia uma jaqueta sem mangas por cima de uma camiseta preta. Puxou um bloquinho encardido de um dos bolsos e começou a anotar alguns pensamentos. Segurava numa das mãos um pingente de cristal azulado, com caracteres hebraicos gravados nas faces do brilhante.


DESEQUILÍBRIO foi escrito por Simoes Lopes

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