setembro 05, 2008

Conto Rebelião 57: A Vítima


Mesmo à noite, o calor do verão continuava intenso. No grupo de homens que vigiavam a passagem para a boca de fumo, Zelito ainda palitava os dentes com uma lasca de palito de fósforo quando viu seu primo Zé Enoque chegar de mãos vazias do bar do Tonhão. Ele queria trazer algo para matar a sede, mas o bar já estava fechado.

Todos estavam bem armados, com exceção do próprio Zelito, sentado despreocupadamente no capô de um velho fusca verde-escuro contando o dinheiro que havia ganho ao fim da noite. Por perto não havia nenhuma casa com luzes acesas, pois o chefe dos traficantes havia ordenado que ninguém subisse o morro.


A VÍTIMA foi escrito por Simoes Lopes

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