Fazia muito frio ao ar livre quando Jeanne estacionou o seu carro. Ainda teria que andar mais uns trezentos metros para alcançar o portão do convento, o que não seria um incômodo. A geada fina que cobria a calçada de pedras retangulares dificultava um pouco a caminhada, mas a mulher alta de cabelos cor-de-palha prosseguiu com passos lentos e cuidados.
O cheiro agradável de um guisado de carne indicava que já era hora da ceia noturna no Convento de Santa Felicidade. Jeanne d’Agen ajeitou seu grosso casaco de lã de ovelha e suspirou com força, exalando uma grossa nuvem de vapor condensado. O portão de madeira escura trazia em seu centro um batente de ferro decorado com a cabeça entalhada de um demônio.
Deu três vigorosas batidas, que ecoaram com força.
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