março 14, 2008

O Homem Invisível

É meus caros, fiquei sabendo hoje pela manhã que a Assembléia Legislativa aprovou um projeto, que criaria mais três dias de carnaval em julho. O Prefeito César Maia, numa síncope de bom senso é contrário a idéia, é claro, alguém tem que pagar essa conta e ele não quer o dele na reta. Os nossos governantes só pensam em divertir o povo e atrair turistas, se o dinheiro ganho nesses eventos tivessem uma aplicação honesta tudo bem, mas todos nós sabemos para onde ele vai.

Chega de politicagem, eu sei o que a maioria dos nossos dois leitores vem procurar aqui na sexta-feira, a nossa querida e amada coluna "Cinema Obscuro" trazendo só filmes do balacobaco e resenhas porcamente detalhadas, vamos a ela.



Falaremos um pouco sobre "O Homem Invisível" The Invisible Man [1933] dirigido por James Whale e adaptado da novela de H.G. Wells; Creio que a história a maioria já conheça, pois a mesma já foi adaptada diversas vezes no cinema e na televisão. O cientista Jack Griffin (Claude Rains) descobre por acaso uma fórmula de invisibilidade ao testa-la nele mesmo, descobre que ser invisível não é tão bom como ele pensava.

Trata-se de um exercício sobre o poder, sim, ser invísivel afinal é se ver livre de moral e de culpa, o que você faria se não pudesse ser visto? Como seria não poder fitar seu rosto no espelho e se questionar por atos vis? São estas as perguntas que perseguem o personagem durante o filme, Griffin leva sua loucura aos extremos "Um homem-invisível pode matar, estuprar e roubar e nunca será pego" ele afirma. Até mesmo seus amigos não estão livres de sua violência e dissimulação.

O diretor James Whale, que três anos atrás havia feito o clássico "Frankenstein",(1931) acertou a mão ao dispensar a presença de Boris Karloff para o papel principal e chamar o novato Claude Rains, pois ele achava que o personagem precisava de alguém com uma voz hipnótica pois não mostraria seu rosto durante todo o filme. Rains, que apesar de um passado humilde tinha um ar altamente sofisticado, tinha ali uma chance para mostrar seu trabalho e o fez com maestria.

Com efeitos especiais de John P. Fulton e maquiagem do mago Jack P. Pierce, que para época eram revolucionários, "O Homem invisível" marcou época e criou mais um, dos grandes personagens icônicos da Universal, abrindo caminho para várias outras continuações como “A Volta do Homem Invisível” (The Invisible Man Returns, 1940), de Joe May e roteiro de Curt Siodmak, (o mesmo que criou o roteiro de "O Lobisomen" com Lon Chaney Jr.) estrelando o ícone Vincent Price; “The Invisible Woman” (1940), também escrito por Siodmak, com o cientista interpretado por John Barrymore transformando a atriz Virginia Bruce em invisível através de uma máquina; “Invisible Agent” (1940) , com Peter Lorre; “The Invisible Man’s Revenge” (1944), escrito por Bertram Milhauser, e finalmente a comédia “Abbott and Costello Meet the Invisible Man” (1951)

O livro de H.G. Wells foi adaptado "quase" fielmente por R. C. Sheriff e Philip Wylie, que depois de várias tentativas de afastar o roteiro da idéia do livro, resolveram sabiamente fazer o mais certo. O diretor inseriu algumas cenas de humor negro que eram sua marca registrada na época e deu mais charme ao personagem deixando-o com uma personalidade mais interessante e sarcástica.

No elenco ainda temos a bela Gloria Stuart, que mais tarde (beem mais tarde, diga-se de passagem.) faria o mega-blockbuster "Titanic".


Novamente creditando algumas informações adicionais que busquei no site Boca do Inferno visitem eu recomendo.

Por hoje é só.

Um comentário:

João Carpalhau disse...

Cara de onde tu tira essas coisas? rs...
Abração!

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