O momento zero: alvo de nossa observação
BANG!
Não houve hesitações — ele apenas puxou o gatilho, e lá estava o cadáver, ainda revirando os olhos, enquanto um jorro quente de sangue saia pelo orifício recém-aberto em sua têmpora.
Júlio certamente ainda se acostumaria à visão de seu próprio corpo morto, vitimado por si mesmo, em seus últimos paroxismos.
35 segundos antes do momento zero
Uma menina de doze anos fora a sala onde aguardava seu professor de Ciências para falar sobre a queda de suas notas (uma queda quase imperceptível, mas ainda assim o professor Júlio insistiu em falar a sós com ela sobre isso). De repente, aquele homem sempre tão gentil enfiou as mãos sob sua saia, um sorriso amarelo e sinistro nos lábios. Primeiro, seu sangue pareceu fugir todo do corpo, mas sua vontade de lutar veio a tona assim que sua calcinha se rasgou. Foi quando ouviu a porta se escancarando — o professor Júlio, com uma jaqueta preta, de couro, entrou na sala e apontou uma arma para a cabeça... dele mesmo... ou do outro.
Durante uns cinco segundos, todos ficaram em silêncio, quando então o professor (o que estava armado) atirou e matou seu sósia.
Para ler o conto na íntegra, clique aqui
CAÇADOR DE MIM foi escrito por Renato Simões
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