O jovem escalava as pedras cobertas de limo com atenção redobrada. Escorregadias e com muitas saliências soltas, margeavam um minúsculo córrego quase oculto, que descia rápido do alto do morro. Mais adiante, protegida por uma muralha de árvores de casca negra e apodrecida, uma pequena cabana de alvenaria indicava que as instruções do velho marinheiro do cais estavam absolutamente corretas.
Passando com dificuldade da trilha pedregosa que cobria o traiçoeiro chão de barro vermelho, Juliano tentava equilibrar seu corpo elegante. O visual sofisticado e as roupas pretas de veludo faziam um contraste chocante com o aspecto bolorento do casebre. Com um ar de nojo, ele bateu na porta sem muita convicção.
Uma vez.
Duas Vezes.
Muitas Vezes.
RENEGADOS foi escrito por Simoes Lopes
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