Seus pés tocaram a margem barrenta do grande rio, e ele viu a embarcação que o levaria dali para suas plagas. Não sem uma ponta de saudade e remorso, o Mayávico virou-se e olhou para a pequena comunidade ribeirinha com que passara seus últimos meses.
Homens e mulheres acumulavam-se atrás dele, olhos nublados de pranto pela sua partida. Nisto, Benzedeira aproximou-se dele e disse, no seu doce dialeto:
“Sabiômem que de nós viveu um tanto, não te vai sem antes falar dos poucos que viu vindo cá, entre céu e terra, entre vida e viração.”
O SOFISTA foi escrito por Renato Simões
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