As ondas do mar batiam com força nos penhascos rochosos. O som ecoava pelas reentrâncias escavadas pela erosão. No mais alto dos rochedos, o corpo franzino de uma criança. Sentada, de pernas cruzadas, ela fitava o abismo. Estava lá há horas, sozinha, esperando. A noite era escura, de lua nova, mas agora ele via uma luz surgir no céu. De início, pequena como um vaga-lume, foi crescendo até assumir uma forma mais ou menos humana. Um anjo. Suas asas luminosas movimentavam-se em silêncio, fazendo-o pousar em frente à criança. Ela o abraçou com ansiedade. Ele colocou a mão sob a cabeça do menino.
O PAI E O FILHO foi escrito por Simoes Lopes
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