Caminho pelas vias estreitas, tocando levemente algumas lápides com as pontas dos dedos. Quando criança, vinha ao cemitério conversar com minha mãe — me sentava defronte à sua lápide e tagarelava as bobagens que aconteciam comigo na escola. Após minha iniciação, a primeira coisa que fiz foi vir ao cemitério, visitar a lápide de mamãe.
A coisa que vi se decompondo no mundo astral me fez vomitar meu almoço. E eu passara vinte e dois anos fazendo confissões àquilo.
Venho até aqui hoje por causa de meu melhor amigo. Não, ele não esticou as pernas. Ele está sentado defronte ao túmulo de sua esposa, tagarelando as coisas tenebrosas que passam por sua cabeça desde a morte dela. Sinto que ele quer se unir a ela. O tipo de sensação que atravessa a Maya e me acerta no fundo dos olhos, lá, onde vejo as coisas de verdade.
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